Crédito da foto: Gilson
Leandro
Legenda: Assembleia que
aprovou protesto na manhã dessa segunda-feira, dia 26
Os trabalhadores da fábrica
Latasa, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação nessa segunda-feira, dia
26, em protesto a dois acidentes graves e pela falta de negociação da PLR
(Participação nos Lucros e Resultados).
De acordo com o Sindicato
dos Metalúrgicos, na sexta-feira, dia 23, um funcionário do setor de produção
da Planta 1 ficou com a mão presa dentro de uma máquina e teve quatro dedos
esmagados.
No mesmo dia, outro
funcionário, na oficina de empilhadeiras, sofreu uma queda em cima de um objeto
cortante que perfurou o tendão da mão.
Segundo o presidente do
sindicato, André Oliveira, a entidade tem criticado a falta de efetivo na
Latasa, o que está sobrecarregando os trabalhadores.
Outros incidentes também têm
ocorrido. Em um mês, houve duas quedas do gancho da ponte rolante em local
próximo a funcionários.
A falta de EPI
(Equipamentos de Proteção Individual) é outro problema. Muitos trabalhadores
estão usando a mesma máscara por quatro vezes mais tempo do que deveriam.
Outro motivo na pauta do
protesto é a falta de negociação da PLR. Há mais de dois meses a empresa
deveria ter iniciado as discussões, mas, segundo o sindicato, ela continua
protelando, recusando o pedido de abertura de negociação.
“Ano passado foi preciso
entrar em greve pra ter PLR. É um absurdo essa falta de transparência, tanto
nos números de produção quanto nas questões de segurança. É um completo descaso
com a vida do trabalhador. Hoje foi uma hora de paralisação, mas se nada mudar,
os protestos vão aumentar”, disse André.
A fábrica Latasa atua no
ramo do alumínio e tem 310 funcionários. Ela fica no distrito do Feital, perto
da principal cliente, a Novelis.
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