Por: Sérgio Cursino
TENSÃO | sobre o perigo da intensidade constante
❝ Já fui completamente absorvido pelo fazer, fazer, fazer, fazer, fazer.
Só me sentia em paz fazendo, criando, elaborando
ideias, argumentando, construindo conteúdo, produzindo – sem parar.
Na verdade nunca parava, nunca me divertia
completamente, nunca me desligava, nunca relaxa ao ponto de me desconectar do
que faço.
Sempre havia um trabalho, sempre tudo tinha relação
com o trabalho.
De repente percebi o quanto isso era prejudicial
para mim e pessoas de minha intimidade.
Mudei.
Entendi o quanto isso era devastador para minha
vida.
Agora vivo aquele momento em que quero ser capaz de
apenas viver um dia, um mês, um ano – ou mesmo uma vida inteira – sem precisar
que isso se transforme numa boa história.
Fui um obcecado pelo fazer. Isso passou. Chega!
Se eu nada tiver pra te contar quando nos
encontrarmos e você me perguntar o que vem acontecendo, quero poder – com
tranquilidade – não ter nada pra te contar.
Vai ser divertido, talvez engraçado até – e
natural.
Quero ser capaz de ocupar todos os espaços da minha
vida e fazer com que isso seja suficiente.
Sem sentimentalizar pessoas e episódios.
Não sou surpreendente o tempo todo.
Não sou criativo o tempo todo.
Não sou interessante o tempo todo.
Não sou envolvente o tempo todo.
Não sou convincente o tempo todo.
Hoje meu maior compromisso é ser um homem comum em
paz consigo mesmo.
Isso me basta completamente. ❞
Sérgio Cursino
Jornalista, Radialista, Publicitário
Tenho profunda admiração por você!!
ResponderExcluirVc sempre acerta!
Grande abraço