Os trabalhadores da fábrica Novelis, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação nesta quarta-feira, dia 29, em protesto contra a redução da PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, em maio a empresa apresentou um cenário de queda brusca na produção, inclusive com possibilidade de demissões e assim decidiu cortar metade da PLR, em reunião com o sindicato e com a Comissão de PLR.
Mas, de acordo com o presidente do sindicato, André Oliveira, no mês seguinte a produção já retornou ao normal.
“Em julho aumentou, agosto vai chegar no pico de 51 mil toneladas de alumínio e a previsão é de produção cheia até abril do ano que vem. Mesmo assim, a empresa insiste em manter essa condição. O sentimento do trabalhador é que isso foi uma manobra da empresa pra se aproveitar da pandemia e reduzir o pagamento aos funcionários”, disse.
Ainda segundo ele, este mês a empresa fez mudanças nas metas de PLR que também irão prejudicar os trabalhadores.
“A fábrica alterou os números dos indicadores de equipe. Em muitos setores, os funcionários já entraram perdendo e será impossível atingir as metas. Ou seja, eles não vão conseguir pegar nem a metade da PLR.”
No último relatório financeiro da empresa, o Ebitda (Lucros antes de juros e impostos) da Novelis bateu recorde de $ 383 milhões de dólares no trimestre, com alta de 7% sobre o ano anterior.
A Novelis atua no ramo do alumínio e emprega atualmente 1.300 trabalhadores em Pinda. Ela é subsidiária da Hindalco, a maior empresa do grupo indiano Aditya Birla.
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