Por Renato Matsuka
O Brasil é lindo,
imenso, abençoado por Deus. Somos um país abençoado até demais. Com mais de 8,5
milhões de km2 e com quase 170 milhões de habitantes. Terra fértil e produtiva,
muita água doce por todo lado, muitas matas e florestas deslumbrantes, cachoeira
que nos fornece energia, país rica em recursos naturais e minerais, variedade
de peixes do mundo, enorme rebanho bovino, paisagens maravilhosas a disposição
de turistas, as mais lindas praias. Bonito por natureza. Tudo o que é plantado
da fruto. Ótimo clima. Não temos catástrofes climáticas, furacões, terremotos,
tornados e vulcões. Esses desastres acarretam altos custos de reconstrução, até
daquelas irreparáveis vidas humanas. No momento em que ocorrem em outras
nações, podemos avaliar o valor incomensurável da harmonia e paz reinantes no
Brasil, mercê de Deus.
Aqui a natureza é de
paz e prosperidade. As pessoas são alegres, de boa índole, basicamente
pacíficas, ordeiras, pacatas e religiosas. Aqui temos tudo, quase tudo. Não é
possível viver eternamente em crise um país que tem o tamanho de um continente.
Não consigo entender que país é esse? Parece que estamos andando para trás,
sendo que temos tudo para ser um país avançado.
Por isso é que os
japoneses não entendem como podemos ser tão pobres num país tão rico, onde
colhe-se duas vezes ao ano. A fartura é tanta que “farta” tudo. O Japão é um
país pequeno, no entanto, planta para si próprio e exporta o que sobra, é uma
potência. No Japão o trabalho constitui a mola propulsora do desenvolvimento.
Aqui parece que falar em trabalho é querer impor castigo. O governo e o povo
esquecem de que a chave do sucesso está no trabalho. O bem-estar de uma nação
não depende só de fatores econômicos, mas principalmente de educação, saúde,
trabalho e não especulação.
O Brasil que tem que
estar acima de todos os interesses. A desigualdade social não é novidade no
Brasil. A diferença é gritante entre os salários maiores e os menores, quem
tem, fica com quase tudo, quem não tem fica com quase nada. A lista é extensa,
só temos que lamentar baixar os salários (ridículo salário mínimo de fome),
desemprego (é tão grande e humilhante), má distribuição de renda (pior do
mundo).
A baixa produtividade
do trabalho se traduz em salários baixos. Precisamos de mais trabalhos e mais
produção (a renda per capita é medíocre). Se houvesse uma olimpíadas, o Brasil
ganharia todas as medalhas, de ouro no analfabetismo; de prata na miséria e de
bronze na violência. Como pudemos chegar ao final de um século dessa maneira?
Como mudar essa situação? Simplesmente é hora de encararmos o problema de
frente. Pela constituição, o cidadão brasileiro deveria ser amparado em suas
necessidades básicas: alimentação, educação, habitação, justiça, previdência
social, saúde pública, segurança e transporte para o povo.
O Brasil vai mal e seu
povo também. O Brasil melhora se as famílias melhorarem. Só caminharemos para o
desenvolvimento quando o povo estiver com a barriga cheia.
Rui Barbosa disse: “A
pátria é a família amplificada”. Todos os povos constituem uma só comunidade,
requisito para a democracia social. Acorda gigante brasileiro, temos muita
terra para plantar (grande potencial produtivo, tanto agrícola como
industrial), muita gente sem emprego. O que não temos é uma política
agrícola adequada e planejada, a união de todos neste anseio comum pelo bem do
Brasil com condições dignas de vida para todos.
“Ordem e Progresso”.
Em obediência a essa frase, sempre com o pensamento positivo de bondade e
irmandade com amor ao próximo, capaz de resolver, de forma honesta, rápida e
transparente, sem demagogia. Precisamos colaborar e lutar, para que nós, nossos
filhos, tenhamos uma pátria justa e feliz. A prosperidade de uma nação provém
da livre iniciativa de cada um e de uma situação em que a lei é igualmente para
todos. Povo brasileiro, quando nos conscientizarmos da força da nossa gente, da
vitalidade que temos, aí sim, será onde teremos melhores condições sociais.
Tudo isso é Brasil, do qual devemos nos orgulhar e agradecer a Deus.
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