Trabalhadores fizeram paralisação nessa quarta-feira para protestar contra falta de segurança na fábrica |
Trabalhadores com pé
esmagado, mão prensada e até ponte rolante que pegou fogo. Segundo sindicato,
todos poderiam ser evitados
Os trabalhadores da GV do Brasil, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação nessa quarta-feira, dia 15, em protesto ao excesso de acidentes.
Os trabalhadores da GV do Brasil, em Pindamonhangaba, fizeram uma paralisação nessa quarta-feira, dia 15, em protesto ao excesso de acidentes.
Em menos de 10 dias, três ocorrências graves foram
registradas e, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, todas poderiam ter sido
evitadas se os procedimentos de segurança fossem respeitados.
Um foi no dia 6 no setor de aciaria. Uma tampa de ferro, com mais de 300 kg, caiu no pé de um trabalhador. Houve o esmagamento do pé e ele teve que fazer cirurgia. A tampa caiu porque a corrente, já danificada, arrebentou. O mecânico havia solicitado a troca, mas a compra da corrente nova não foi realizada.
No domingo, um trabalhador da laminação teve a mão prensada em um cilindro. A proteção foi retirada para reparo e a chefia ordenou que a produção continuasse.
Um foi no dia 6 no setor de aciaria. Uma tampa de ferro, com mais de 300 kg, caiu no pé de um trabalhador. Houve o esmagamento do pé e ele teve que fazer cirurgia. A tampa caiu porque a corrente, já danificada, arrebentou. O mecânico havia solicitado a troca, mas a compra da corrente nova não foi realizada.
No domingo, um trabalhador da laminação teve a mão prensada em um cilindro. A proteção foi retirada para reparo e a chefia ordenou que a produção continuasse.
Na terça-feira, houve um incidente de alto potencial de
risco na aciaria. A ponte rolante pegou fogo. Pela falta de uma proteção, as
chamas do forno se espalharam por todo o sistema hidráulico. Não havia operador
na cabine no momento.
Segundo o presidente do sindicato, Herivelto Vela, a
falta de segurança é um problema recorrente na GV.
“O sindicato está muito preocupado com a saúde, com a
vida do trabalhador. São várias situações de risco que fazemos intervenções.
Outras paralisações por segurança já ocorreram na GV, mas a visão da empresa tem
que mudar”, disse.
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