Segundo pesquisa da Entidade,
em julho, as vendas do comércio na região atingiram o faturamento real de R$
2,5 bilhões, o maior já registrado para o mês desde 2008
Pindamonhangaba, 23 de outubro de 2017 – Em
julho, o faturamento real do comércio varejista na região de Taubaté atingiu R$
2,5 bilhões, alta de 9,2% na comparação com o mesmo mês de 2016. Além de ter
sido o melhor desempenho do Estado, foi o maior faturamento já registrado desde
2008 para o mês. No acumulado de janeiro a julho, a alta foi de 4,9%, o que
representa R$ 774 milhões acima do valor registrado no mesmo período de 2016.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no
Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em
informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).
Todas as nove atividades pesquisadas registraram crescimento em
julho na comparação com o mesmo mês de 2016. Os destaques ficaram por conta dos
segmentos de concessionárias de veículos (20,6%), supermercados (4,8%) e outras
atividades (5,9%). Juntas, alavancaram o resultado geral na região em 5,5
pontos porcentuais (p.p.).
Desempenho estadual
O processo de recuperação das vendas no comércio varejista se
mostra cada vez mais consistente. Em julho, as vendas no varejo paulista
cresceram 5,2%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Foi a quinta maior
cifra registrada para o mês desde o início da série histórica, em 2008. O
comércio varejista faturou R$ 50,7 bilhões no mês, R$ 2,5 bilhões a mais do que
o apurado em julho de 2016. Com esses resultados, a taxa acumulada até julho
deste ano foi de 3,8%, que, em termos reais, representa um crescimento de R$
12,6 bilhões em comparação ao mesmo período do ano passado.
Assim como nos meses anteriores, as 16 regiões analisadas pela
Federação apontaram crescimento no faturamento na comparação com o mesmo mês de
2016. Os maiores avanços foram observados nas regiões de Taubaté (9,2%),
Ribeirão Preto (8%) e Araraquara (também com 8%).
Todas as atividades analisadas também apresentaram crescimento
em julho, na comparação com o mesmo mês de 2016. Os segmentos de
concessionárias de veículos (10,4%); lojas de vestuário, tecidos e calçados
(12,3%); e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (14,5%) se
destacaram, contribuindo, juntos, com 3,1 pontos porcentuais (p.p.) para o
resultado geral.
De acordo com a FecomercioSP, a ampliação do leque de variáveis
econômicas positivas obtidas ao longo deste ano, que começou com as quedas nas
taxas de juros e de inflação, melhoria na renda agrícola e nas exportações e
injeção dos recursos das contas inativas do FGTS, entre outras, permitiu a
consolidação desse ciclo de recomposição das vendas varejistas. Assim como no
mês anterior, a queda nos índices de desemprego também foi fundamental para a
retomada, pois reforça a confiança no poder de compra dos consumidores e
acelera a economia como um todo.
A Entidade destaca ainda os últimos resultados apurados pelos
segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos e de
concessionárias de veículos que sinalizam uma tendência de alta na aquisição de
bens duráveis, itens dependentes de crédito e, portanto, do comprometimento
futuro da renda das famílias, para o qual a melhoria da confiança é
fundamental.
Expectativa
Segundo a FecomercioSP, mesmo contando com a imprevisibilidade
do atual cenário político, os próximos meses serão de pouca instabilidade. Por
outro lado, a Entidade sinaliza que as condições presentes são bem menos
adversas, em termos de confiança e mesmo de resultados econômicos, do que
aquelas vigentes há um ano. Embora os fatores de turbulência do quadro político
sejam sempre imprevisíveis, o comportamento atual de variáveis econômicas determinantes
do consumo até o momento não mostrou mudanças.
Para a Federação, além da permanência em trajetória de queda da
inflação e dos juros, da estabilidade cambial e dos mercados, dos resultados
positivos na balança comercial, além da divulgação da recuperação na
arrecadação federal e de bom desempenho do PIB trimestral, a melhoria no nível
do emprego já é uma realidade. Com isso, e considerando o resultado consolidado
de julho das vendas, as projeções continuam apontando para um crescimento anual
ao redor de 5% em 2017, no faturamento real do varejo paulista.
Delegacia Regional Tributária Taubaté
Aparecida, Arapei, Areias, Bananal, Caçapava, Cachoeira Paulista,
Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba, Cruzeiro, Cunha, Guaratinguetá,
Igaratá, Ilhabela, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha, Lavrinhas, Lorena, Monteiro
Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna, Pindamonhangaba, Piquete, Potim,
Queluz, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, Santo Antônio do Pinhal, São
Bento do Sapucaí, São José do Barreiro, São José dos Campos, São Luiz do
Paraitinga, São Sebastião, Silveiras, Taubaté, Tremembé, Ubatuba.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São
Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas
varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica
firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a
Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo
(FecomercioSP).
As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais
Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove
setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e
perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos;
lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais
de construção; supermercados; e outras atividades).
Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o
valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região.
Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho
de todo o Estado.
Sobre a FecomercioSP
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de
São Paulo (FecomercioSP) é a principal entidade sindical paulista dos setores
de comércio e serviços. Congrega 154 sindicatos patronais e administra, no
Estado, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (Senac). A Entidade representa um segmento da economia
que mobiliza mais de 1,8 milhão de atividades empresariais de todos os portes.
Esse universo responde por cerca de 30% do PIB paulista – e quase 10% do PIB
brasileiro –, gerando em torno de 10 milhões de empregos.
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