Por Luis
Rosas (advogado)
Esta coluna e de responsabilidade do autor
Uma
palavra que se tem usado muito ultimamente e que diversas pessoas tem me
questionado nas ruas e nos bairros por onde tenho andado, fez com que a
escolhesse como tema desta coluna, a fim de poder auxiliar no entendimento de
seu real significado.
Pois
bem a palavra ECONOMICIDADE tornou-se comum em vários discursos utilizados para
justificativa de algumas decisões tomadas pela Gestão Municipal local, num
primeiro momento a grande maioria entende que se trata apenas de economia do
gasto público, ou seja, redução de despesa em determinada situação, em especial
novos contratos celebrados pela Administração Pública.
Contudo,
a ECONOMICIDADE não é simplesmente economia do gasto publico, trata-se de tema
muito mais amplo para que se realmente possa existir de fato. Aliás, a
Controladoria Geral da União (CGU) deixa bem claro que para existir realmente a
mesma, o Gestor Publico deve verificar se estão presentes duas questões de
forma simultânea: Redução do Custo (Economia) e Eficiência do serviço.
Assim
primeiro deverá haver uma redução real do custo do serviço contratado de forma
significativa, e para realizar esta medição se faz necessário que o novo
serviço seja exatamente igual ao que existia (anteriormente), não pode haver
apenas semelhanças, pois neste caso não há como estabelecer um comparativo
exato, posto que se houver diminuição de algum componente do referido serviço,
isso afetará diretamente a segunda questão que valida a economicidade, isto é,
a eficiência do serviço.
Portanto
somado a redução de custo, temos a questão da eficiência do serviço, ou seja, o
novo serviço contratado pelo preço menor está atendendo melhor as necessidades
publicas? Houve melhoria na qualidade? Houve ampliação das pessoas atendidas
pelo novo serviço? Se acaso as respostas forem negativas, não existe eficiência
e assim também não há ECONOMICIDADE, poderemos estar sim à frente de um
verdadeiro sucateamento do serviço.
E
porque utilizar a ECONOMICIDADE na gestão publica? Primeiro, melhorando a
qualidade do serviço o Gestor Público estará alcançando a satisfação do usuário
e também a redução do custo, podendo assim realizar mais investimentos em
outras áreas prioritárias melhorando a qualidade das mesmas.
Desta
forma economia do gasto publico sem eficiência do serviço disponibilizado, não é
ECONOMICIDADE.
Até
a próxima coluna e um forte abraço a todos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário