Legenda:
Reforma da Previdência vai atingir diretamente os metalúrgicos, inclusive na
aposentadoria especial
Nessa
terça-feira, dia 14, uma paralisação dos trabalhadores da Novelis foi realizada
em protesto contra a Reforma da Previdência, proposta pelo governo Michel Temer.
O ato
foi realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba em conjunto
com o Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba.
Herivelto
Vela, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, citou o prejuízo da reforma
para a aposentadoria especial, muito comum nas fábricas, em locais insalubres.
“Hoje
quem trabalha em uma refusão, uma laminação, por 25 anos, consegue aposentar,
mas com a reforma a conta vai para 44 anos de contribuição e 55 anos de idade.
Um trabalhador nessas condições vai se tornar risco de acidente em área
insalubre e vai ser mandado embora. Esse rombo na previdência não existe, além
de que uma grande parte do dinheiro da previdência é desviado para outras
finalidades”.
Para o
sindicalista da Novelis, Sérgio da Silva, mesmo nas áreas que não são
insalubres, com a nova regra que vai aumentar para 49 anos de contribuição e 65
anos de idade, a aposentadoria será impossível.
“Se eu
perguntar aqui qual trabalhador com menos de 40 anos tem dores constantes nos
ombros e nas costas, a maioria vai levantar a mão. Se essa reforma passar,
esses trabalhadores que já estão com dor vão ter que aguentar até 65 anos. Isso
é inaceitável.”
O Sindicato
dos Metalúrgicos também colheu 1.950 assinaturas contra a reforma. No site do
sindicato www.sindmetalpinda.com.br está disponível o “Aposentômetro”, uma
calculadora criada pela CUT em parceria com o Dieese que simula o tempo que
falta para a aposentaria.
A
Novelis emprega cerca de 1.100 trabalhadores na produção de chapas de alumínio.
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