Diga não à privatização da água
No dia 22 de março, Dia
Mundial da Água, estamos às voltas de uma possível privatização das empresas
estatais de saneamento do Brasil pelo atual “governo” Temer.
Porém, sabemos que o
saneamento é um serviço essencial de caráter social. As empresas privadas visam
o lucro, e em vários países a experiência da privatização desses serviços não
deu certo, ao contrário, os resultados foram negativos: aumento das taxas,
serviços sucateados, trabalhadores explorados.
Água: todos precisam dela, e
quem não a consegue, adoece e morre
A água é um bem natural
e comum que está na iminência de se tornar um “ouro azul”, uma analogia ao
petróleo, “ouro preto”.
A água, essencial à
vida, é alvo de disputas entre empresas privadas, gigantes multinacionais que,
em sua gana por lucros vultosos, tentam a todo custo abocanhar o setor de
saneamento.
O Brasil, detentor de
12% da água doce de todo o planeta, está na mira de multinacionais que querem
nossas reservas, inclusive subterrâneas, como o Aquífero Guarani, entre outros.
Para os neoliberais, a
água é vista como mercadoria e a solução é privatizá-la. Pela lógica do
mercado, a água, por ser um recurso natural vital, pode trazer lucros
incomensuráveis, um comércio extremamente atraente que vai piorar ainda mais o
quadro crítico da água hoje no mundo.
A água não pode ser
analisada como um bem econômico, visto que sem água não há vida, e que,
portanto, deve estar acima de qualquer prisma mercantilista. A água é um bem de
caráter humanista, qualquer medida em relação a este tema deve ser pautado pela
ótica social.
A responsabilidade pelo uso da água é do Estado e de
todos os cidadãos
Devido ao mau
gerenciamento dos recursos hídricos, a água esta se tornando escassa em
diversas regiões do mundo. O desperdício, desmatamentos, poluição, contaminação
de rios e solo, tudo isso influi para o problema da escassez, e todos temos
responsabilidade neste quadro.
Mas o principal, e
fundamental, é a ausência de políticas públicas que busquem reverter esta
situação, e o constante risco da privatização dos recursos.
Neste ano a ONU – Organização das Nações
Unidas estabeleceu o tema “Águas Residuais”, ou seja, o esgoto, como o foco das
discussões para o Dia Mundial da Água 2017. Infelizmente nem todo esgoto é
coletado e tratado e ainda é muitas vezes despejado nos rios, contaminando as
águas, por isso é um importante tema a ser tratado, além do acesso à água
potável.
Segundo dados da ONU, cerca de um bilhão de pessoas não têm
acesso a um abastecimento de água suficiente, definido como uma fonte que possa
fornecer 20 litros por pessoa por dia a uma distância não superior a mil
metros.
Por todo o exposto, o
Sintaema defende a gestão pública, o Estado deve garantir a água potável para
todos, indiscriminadamente, com políticas de tarifas acessíveis e tarifas
sociais e com participação da sociedade na gestão dos recursos hídricos.
Sem água não há vida,
por isso, vamos todos lutar contra a privatização da água, do nosso tesouro sem
preço de mercado, mas sim valorizado pela VIDA.
A água é um bem que pertence
Terra e a todos os seres vivos que nela habitam, um direito inalienável,
que não pode ser apropriado economicamente em benefício individual ou de
acumulação de riqueza.
Diga NÃO à
privatização da água!
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