Legenda:
Assembleia reprovou nova regra da PLR que aumenta a parcela vinculada ao
resultado comercial da empresa
Os
trabalhadores da Gerdau reprovaram nessa segunda-feira, dia 6, a proposta da
empresa para mudar as regras do Programa Metas, nome que a fábrica dá para a
PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
A
intenção da empresa é aumentar de 20% para 50% a parcela que é baseada no
resultado do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, entre outros). Ou seja, metade
do valor seria das metas de produção e metade passaria a depender do resultado
comercial.
Na
assembleia, que reprovou a medida por grande maioria, nenhum trabalhador
aprovou a mudança.
O
presidente Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Herivelto Moraes -
Vela, afirma que com a regral atual a categoria já enfrenta problemas todos os
anos no Programa Metas. “O sistema fica meses sem atualizar os números de
produção e só volta perto do fechamento, com índices bem mais baixos do que
deveriam. Há setores onde o sindicato consegue pressionar e corrigir, mas não todos.”
Para Vela,
mais grave do que a mudança na regra é a forma como a direção da Gerdau de Pinda
conduz a negociação. “Não tem transparência. Se hoje é nítida a manipulação nos
números de produção, que ainda conseguimos checar direto nas máquinas, com o valor
baseado um resultado comercial a empresa terá mais margem pra alterar, até porque
a divulgação dos valores não é feita de forma clara nem para os trabalhadores nem
para a comissão de PLR.”
A
Gerdau emprega cerca de 1.700 trabalhadores na produção de laminados a aço.
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