Crédito
da foto: Guilherme Moura
Legenda:
Paralisação também cobrou que Gerdau de Pinda incorpore 12 funcionários
terceirizados que estão atuando na atividade-fim
Explosão matou 3 operários terceirizados em
MG. Em Pinda, Gerdau contratou 12 terceiros para atuar em atividade-fim, o que
é proibido
Os
trabalhadores da Gerdau de Pindamonhangaba fizeram uma paralisação de 30
minutos nessa quarta-feira, dia 30, em protesto às quatro mortes que ocorreram
na unidade de Ouro Branco (MG), três delas em uma explosão.
O
protesto segue orientação da Rede Sindical de Trabalhadores da Gerdau, que têm
denunciado a falta de segurança nas unidades de todo o país.
A
explosão ocorreu no dia 14, durante a manutenção de uma torre de gás, e matou três
funcionários da empresa Convaço. Uma das vítimas, José Cezar Miguel, 51 anos, esteve
em Pinda anos atrás, fazendo manutenção na aciaria da Gerdau e também na
Tecpar. A outra morte ocorreu uma semana antes, quando dois operários sofreram
queda na aciaria e um deles faleceu.
O
Sindicato dos Metalúrgicos de Pinda esteve em contato com sindicalistas de Ouro
Branco, que assim como em Pinda relataram baixo efetivo e excesso de pressão
por produção.
Segundo
o presidente Herivelto Moraes – Vela, a paralisação também cobrou que a direção
da Gerdau de Pinda incorpore no quadro de funcionários 12 trabalhadores
terceirizados que estão atuando na atividade-fim da fábrica (a principal), o
que é proibido.
“A
empresa tem usado a desculpa de que essas contratações foram feitas em caráter
emergencial, mas sabemos que isso é pra forçar a terceirização. 80% dos acidentes
registrados são com terceirizados, que ganham menos, trabalham em condições piores
e sofrem mais com a rotatividade. Por isso combatemos tanto essa prática”,
disse.
Apesar
das estatísticas, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 4330, que libera a terceirização
da atividade-fim. Atualmente, o tema tramita no Senado como PLC 30. A CUT, as
centrais sindicais e os movimentos sociais continuam realizando frequentes
protestos contra a medida.
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