Legenda:
Trabalhadores da Gerdau aprovam em assembleia a proposta que evitou demissões
em massa ao longo do ano
Cálculo foi feito com base em oito acordos
entre lay-off, PPE, work-sharing e negociações salariais
Balanço
do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT calcula que em negociações
durante o período de um ano, cerca de 1.200 demissões tenham sido evitadas.
A
estimativa tem como base oito acordos de várias medidas alternativas para
garantir empregos e foram calculados pela quantidade de excedente de mão de
obra que as empresas alegaram.
Três
desses acordos foram de lay-off. Um na empresa Martifer, hoje Appiani Steel, e
dois na Gerdau, sendo que um deles foi possível incluir no acordo garantia de
emprego para todos os funcionários. Nesse modelo, os trabalhadores fazem cursos
no período em que estariam na fábrica e parte desse custo é pago pelo governo.
Dois acordos
foram de work-sharing, a redução da jornada e salário. Isso foi feito com o
setor administrativo da Tenaris Confab e também na Oversound, que conseguiu se
recuperar e encerrar o programa antes do previsto.
O PPE
(Programa de Proteção ao Emprego) foi aplicado em uma empresa, na Tenaris Confab,
no setor de produção. O programa reduz a jornada, mas metade da redução que
ocorreria nos salários é pago pelo governo.
Dois
acordos de salário foram importantes. O maior deles na Gerdau, no final de
2015, quando foi aprovado o pagamento do reajuste em forma de abono salarial,
após uma grande discussão. Essa negociação evitou demissões em massa, garantiu
emprego para todos os funcionários por um ano e o pagamento do reajuste
integral da inflação em 2016. A outra negociação ocorreu na Incomisa. O pagamento
de uma parcela restante de reajuste salarial foi prorrogada também para evitar
demissões em massa.
O
presidente do sindicato, Herivelto Moraes – Vela, explica a importância do
diálogo aberto com a categoria para fazer esses acordos. “Tudo foi muito discutido
com os trabalhadores e essas medidas foram aceitas pelas fábricas só depois de
protestos. Pelo patrão, a primeira opção é a demissão. Se não fossem essas
negociações poderia ser um número até maior, porque depois do acordo da Gerdau
a produção piorou ao longo do ano e com certeza teríamos demissões em massa.
1.200 é um número que podemos falar com segurança”, disse Vela.
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