terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Em um ano, negociações do sindicato evitam 1.200 demissões

Crédito da foto: Guilherme Moura
Legenda: Trabalhadores da Gerdau aprovam em assembleia a proposta que evitou demissões em massa ao longo do ano





Cálculo foi feito com base em oito acordos entre lay-off, PPE, work-sharing e negociações salariais

Balanço do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT calcula que em negociações durante o período de um ano, cerca de 1.200 demissões tenham sido evitadas.
A estimativa tem como base oito acordos de várias medidas alternativas para garantir empregos e foram calculados pela quantidade de excedente de mão de obra que as empresas alegaram.
Três desses acordos foram de lay-off. Um na empresa Martifer, hoje Appiani Steel, e dois na Gerdau, sendo que um deles foi possível incluir no acordo garantia de emprego para todos os funcionários. Nesse modelo, os trabalhadores fazem cursos no período em que estariam na fábrica e parte desse custo é pago pelo governo.
Dois acordos foram de work-sharing, a redução da jornada e salário. Isso foi feito com o setor administrativo da Tenaris Confab e também na Oversound, que conseguiu se recuperar e encerrar o programa antes do previsto.
O PPE (Programa de Proteção ao Emprego) foi aplicado em uma empresa, na Tenaris Confab, no setor de produção. O programa reduz a jornada, mas metade da redução que ocorreria nos salários é pago pelo governo.
Dois acordos de salário foram importantes. O maior deles na Gerdau, no final de 2015, quando foi aprovado o pagamento do reajuste em forma de abono salarial, após uma grande discussão. Essa negociação evitou demissões em massa, garantiu emprego para todos os funcionários por um ano e o pagamento do reajuste integral da inflação em 2016. A outra negociação ocorreu na Incomisa. O pagamento de uma parcela restante de reajuste salarial foi prorrogada também para evitar demissões em massa.

O presidente do sindicato, Herivelto Moraes – Vela, explica a importância do diálogo aberto com a categoria para fazer esses acordos. “Tudo foi muito discutido com os trabalhadores e essas medidas foram aceitas pelas fábricas só depois de protestos. Pelo patrão, a primeira opção é a demissão. Se não fossem essas negociações poderia ser um número até maior, porque depois do acordo da Gerdau a produção piorou ao longo do ano e com certeza teríamos demissões em massa. 1.200 é um número que podemos falar com segurança”, disse Vela.

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