Os
trabalhadores da Tenaris Confab Tubos fizeram uma paralisação de uma hora na
manhã dessa quarta-feira, dia 24, para pressionar a direção da empresa a
homologar o acordo de um processo judicial coletivo que se arrasta há 25 anos.
O ato também criticou as propostas patronais da Campanha Salarial.
O
processo em questão é motivo de disputa judicial entre o Sindicato dos
Metalúrgicos de Pindamonhangaba e a direção da Confab há 25 anos, envolve 2.100
funcionários das unidades Confab Tubos, Confab Equipamentos e Tenaris Coating
que trabalharam em funções perigosas ou prejudiciais à saúde (periculosidade e
insalubridade) e que foram contemplados na sentença e acórdão dos processos
650/1991, 651/1991 e 466/2005.
No
plantão jurídico de quatro dias, os trabalhadores já viram os valores a que tem
direito e aprovaram o acordo em assembleia três meses atrás, no dia 22 de maio.
O
ex-presidente do sindicato, Renato Marcondes - Mamão, também funcionário da
Confab, continua afastado do cargo por ser candidato a vereador, mas esteve
presente no ato e falou aos trabalhadores estritamente sobre esse acordo
negociado na sua gestão.
Segundo
ele, a empresa tem dito apenas que está ‘analisando’ o acordo. “Agora precisam
da aprovação da gerência da Argentina e assim vão protelando. Enquanto isso
vemos famílias passando necessidade, aguardando a boa vontade da empresa em
pagar algo que é direito delas e que foi negado por 25 anos. Basta”, disse.
Durante
o protesto, o sindicato afirmou que deu o prazo até segunda-feira, dia 5 de
setembro, para a empresa apresentar um posicionamento concreto a respeito. Caso
contrário, um grande protesto será realizado inclusive com os ex-funcionários
envolvidos no processo.
O ato
também criticou propostas das bancadas patronais para congelamento de salários e
retirada de direitos na Campanha Salarial e a falta de transparência da Confab
na negociação de PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Atualmente,
a Tenaris Confab emprega cerca de 900 funcionários nas unidades Tubos e
Coating, no bairro Cidade Nova.
Crédito
das fotos: Guilherme Moura
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