Recebemos
em nossa redação uma denúncia em relação a manutenção dos trens da Estrada de
Ferro Campos do Jordão.
“Venho
como forma de aviso informar que não está havendo qualquer manutenção nos trens
da Estrada de Ferro Campos do Jordão, principalmente no trem que faz o passeio
pela serra, mesmo trecho inclusive que aconteceu o acidente em 2012.
É
com propriedade que afirmo que a diretoria de manutenção não tem ideia do que
está fazendo, prova disso é que o trem apresenta problemas em quase todas as
viagens, deixando os passageiros no meio do caminho, para serem socorridos por
ônibus terceirizados, tendo que ser devolvido o dinheiro dos mesmos, o que não
paga o transtorno e os riscos.
Nesse
fim de semana o passeio foi interrompido na sexta, no sábado e no domingo,
sendo que no sábado os passageiros ficaram horas esperando solução no meio da
serra e no domingo o horário da manhã precisou ser cancelado para que houvesse
reparos, a tarde o engenheiro assegurou que estava tudo bem, mas o trem não
retornou de Santo Antônio do Pinhal, por causa de defeitos na bateria.
Peço,
por favor, que seja investigado, pois o diretor afirma que não há problemas,
mas eles são praticamente diários, sendo alto o risco de um novo acidente.
Os
diretores não aparecem em Campos do Jordão, nem mesmo diante dos defeitos no
trem, a ferrovia está largada, e isso é inadmissível”.
Resposta da Estrada de
Ferro Campos do Jordão
Oscilações nos desempenhos
dos equipamentos são normais e a EFCJ – Estrada de Ferro Campos do Jordão
obedece todos os protocolos de segurança, para que não haja nenhum risco aos
seus usuários. A política de manutenção preventiva identifica quando existente
alguma necessidade de manutenção mais profunda, que pode até levar a suspensão
temporária da operação.
Nos permita nesta
oportunidade, enfatizar as ações que tivemos oportunidade de esclarecer
detalhadamente, em oportunidade recente, sobre os investimentos realizados pela
atual gestão da estrada de ferro.
Desde 2010, quando a atual
administração iniciou a modernização da ferrovia, investimos R$ 26 milhões, e
não R$ 14 milhões, como publicado pelo blog, equivocadamente. Tal aporte visa
garantir total condição de segurança à operação, em benefício dos usuários como
também dos próprios funcionários. A maior parte desses investimentos não
aparece facilmente aos olhos daqueles que utilizam a Estrada de Ferro, pois foi
direcionada para a infraestrutura da via permanente e modernização técnica da
frota.
Frota - Num feito inédito
no Brasil, implantamos equipamentos de última geração em trens com mais de 90
anos. Duas automotrizes receberam computador de bordo, navegação por GPS e
Caixa Preta. E, além da frota que serve aos passageiros, os recursos também
foram aplicados em veículos de manutenção, como a Gôndola. E, basta uma visita
às nossas oficinas de manutenção para se constatar que a reforma de trens
continua.
Todo esse trabalho de
modernização e recuperação de equipamentos, por acontecerem em veículos
singulares, passam por testes complexos, acompanhados de perto pelas equipes de
profissionais da CPTM –Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, numa
parceria inédita.
Os processos de modernização
são finalizados por critérios absolutamente técnicos e de segurança, sendo a
resolução integral destes critérios a responsável pelo tempo de
modernização. Em resumo, não se realiza
a entrega de um serviço até que todas as etapas exigidas tenham sido vencidas e
que todos os testes tenham sido realizados.
Nos orgulhamos em ressaltar, que esse portfólio de conduta é inédito no
país para veículos com mais de 90 anos.
E mais. A EFCJ está
implantando um sistema de manutenção onde se antecipam problemas, monitorando a
vida útil de cada componente. Veículo por veículo, faz-se um planejamento
minucioso de manutenção e substituição de peças, estabelecendo soluções
definitivas e não emergenciais. Anteriormente, não havia planejamento para a
manutenção, sendo realizada apenas quando aparecia alguma ocorrência.
Em resumo, posso garantir
que, ao assumir a administração da EFCJ, a nova gestão encontrou carros de
passageiros históricos abandonados, verdadeiras relíquias se decompondo. Estes
veículos estão sendo reformados, aproveitando a expertise tradicional dos
funcionários da ferrovia. Tal conhecimento vem sendo documentado pela primeira
vez, servindo de legado para as próximas gerações de profissionais. Um
belíssimo trabalho que já foi matéria (foi avalizado) de reportagem pela TV
Globo (Jornal Nacional) e Record, com excelente retorno.
A nova gestão encontrou
dois carros de aço nas oficinas, inadequados para a operação na linha. Um deles
já foi reformado e será inaugurado como carro cafeteria nos próximos meses,
trazendo dividendos positivos para a imagem da EFCJ e de Pindamonhangaba. Isso
depois de passar por todos os trâmites legais de licitação em um processo
absolutamente transparente.
Linha permanente - Reforço
que, dificilmente notado pelo usuário, o investimento na linha permanente
permitiu a troca de 14 mil unidades de dormentes, 20 mil metros de trilhos,
além da construção de 4 mil metros de canaletas de drenagem e de 2.300 m3 de
contenção de encostas. Os investimentos também permitiram a modernização de
sete paradas (as com mais movimento de usuários), dotadas de acessibilidade e
também na adequação deste mesmo item (acessibilidade) em três
estações.
Quadro funcional - A nova
gestão saldou um débito histórico com os funcionários da EFCJ, aprovando um novo
plano de carreira, organograma funcional, além da atualização dos salários, há
muito defasados quando aqui chegamos. Num compromisso com o futuro da empresa,
conseguiu a aprovação de um concurso, repondo quadros e contratando pela
primeira vez funcionários com curso superior.
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