Iniciamos mais uma Campanha Nacional dos Bancários, lutando por condições de saúde, segurança, trabalho, igualdade de oportunidade e valorização do emprego. Atualmente somos uma categoria forte e tivemos a unificação em meados de 2003, uma conquista histórica marcada pelo Governo Lula, que permitiu que os bancários retomassem as grandes mobilizações por melhores condições de trabalho.
Na época a conjuntura política não era favorável, com a
nova gestão retomou o crescimento do país, fomentou a geração de emprego, o
aumento da renda dos trabalhadores, além de reduzir a pobreza e a desigualdade
social. Com esse governo, o movimento
sindical passou a ser respeitado e recebido pelos banqueiros para negociação,
após anos de separação a categoria se engajou e uniu forças para ampliação
integral da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), bancários de bancos públicos
e privados conquistaram o mesmo reajuste, abono e regra básica da PLR acordado
com a Fenaban.
E a nossa luta não
para, somos contra o Projeto de Lei 4330 que defende a terceirização e
representa uma grande ameaça as relações de trabalho. No ano passado, após
forte resistência e mobilização dos trabalhadores a PL 4330 foi barrada
provisoriamente no Congresso Nacional. A bancada patronal que defendia o PL foi
coordenada pelos bancos, os mesmo que nessa eleição apoiam a candidatura de
Marina Silva, que surpreendeu com o seu programa de governo (nas páginas 75 e
76), no qual propõe a legalização das terceirizações de forma ampla e
irrestrita.
Se esse projeto for aprovado, os caixas e gerentes
poderão ser terceirizados, pois permite que os empregadores contratem outras
empresas para realizar atividades-fim, ou seja, além dos serviços já largamente
terceirizados como limpeza, vigilância, considerados atividades-meios, empresários
terão liberdade para contratar terceiros para realizar inclusive a principal
atividade da empresa.
Questionamos também o debate de alguns candidatos em
aprovar a independência do Banco Central, será que cabe entregar tamanha
responsabilidade da administração do BC a um grupo fechado, que passaria a agir
sem nenhuma obrigação com a sociedade. Por tanto devemos estar atentos às
informações divulgadas e da forma que a mídia manipula a situação em favor dos
patrões. Para que assim, consigamos manter nossas conquistas e lutar para que
não haja retrocesso dos direitos trabalhistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário