quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Três meses após falência da Nobrecel, centenas de famílias vivem angústia do desemprego



 
 
Com a falência da Nobrecel SA celulose e Papel, decretada dia 2 de agosto de 2013, aproximadamente de 300 pessoas de Pindamonhangaba e região do Vale do Paraíba ficaram sem empregos diretos – sendo 180 da própria indústria e outras 120 de uma arrendatária. Três meses após o fechamento da companhia, nada de concreto ainda foi resolvido e centenas de chefes de famílias amarguram os três meses de desemprego.
Dentre as pessoas que foram prejudicadas pela má administração da Nobrecel está Ireno Alves Moreira, de 52 anos, sendo 22 na Nobrecel. Moreira, que pertencia ao setor de calderaria, está atuando na lavoura para sustentar a família. “Está sendo muito difícil para mim e toda minha família. Tenho esposa e três filhas e dependo do meu trabalho para viver. Minha vida toda trabalhei na produção e papel, amo o que faço e preciso voltar à ativa”.
SR. IRENO  
BETINHO
Assim como ele, Luiz Alberto (32 anos), o Betinho da supervisão de produção, vive angustia semelhante.
Betinho era funcionário há 14 anos da Jofel – uma empresa que beneficiava produtos da Nobrecel e, com a falência da fornecedora, está demitindo funcionários, pois o volume de negócios caiu bruscamente.
Casado e pai de dois filhos, sendo um com apenas nove meses de vida, Luiz Alberto está sustentando sua família com o dinheiro do seguro desemprego. “É um valor inferior ao que recebia anteriormente e tem data de validade. Isso vai acabar e eu preciso do meu emprego novamente”.
Betinho e Moreira são exemplos de pessoas que dedicaram grande parte da vida na produção de papel e encontram dificuldades para retornar ao mercado. Eles vislumbram no arrendamento da Nobrecel como a chance de reassumirem seus postos, as rédeas econômicas de suas famílias e viverem com tranquilidade. Por tudo isso, eles apoiam a iniciativa da Cocepelco (Cooperativa de Trabalho em Celulose e Papel Coruputuba) de assumir o parque fabril da Nobrecel, gerar riquezas para a massa falida, renda para os cooperados, e empregos para mais de 1.000 pessoas da região, sejam diretos ou indiretos.
Para eles, apenas com o arrendamento para a cooperativa os empregos serão restabelecidos, a produção de papel higiênico, A4 e guardanapo do Brasil voltará ao normal e os problemas de furtos e depreciação do material que está na empresa serão sanados.

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