quarta-feira, 10 de julho de 2019

“Mãe, vamos ver a Banda tocar”

Aércio Muassab Jornalista


Isso acontecia décadas atrás em Pinda, com a Corporação Musical Euterpe, uma das mais antigas do Brasil, (no dicionário Euterpe - a Deusa da Musica).
Em 1979, eu era presidente da Liga de Futebol e fiz um campeonato chamado “Fraldinha”, para crianças de 09 e 10 anos de idade. Na apresentação das equipes, no campo da Ferroviária, eu pedi para o Presidente da Euterpe, o Fernando Rezende, e ele autorizou a Banda a se apresentar lá. O estádio estava LOTADO (milhares de pessoas, portanto). Foi um espetáculo o show, todo mundo aplaudiu.
Anos depois, em 1990, eu fui o Festeiro da Festa Anual da Vila São Benedito (onde eu morava). No dia da festa eu e os membros da comissão que me ajudaram (as mulheres elegantemente trajadas com vestido longo e os homens de terno e gravata) desfilamos no bairro, precedidos pela Euterpe.
Foi maravilhoso, pois praticamente todos os moradores da Vila saíram às ruas “pra ver a Banda passar, tocando coisas de amor” (certo Chico Buarque?).
Pois bem, hoje quem é que vê a Euterpe tocar? Os mais idosos, de dez pessoas, nove vão dizer “há quantos anos eu não vejo a Banda tocar", e os jovens, de 10, nove vão dizer que nunca viram.
Eu vi a Euterpe (que está ótima) no prédio da antiga Prefeitura, o ano passado, quando de uma apresentação na Sessão Solene da Academia Pindamonhangabense de Letras (público de aproximadamente 40 pessoas). Uma pena!
Está na hora de se estudar um jeito de esta magnífica Banda se apresentar mais vezes para o "povão", que precisa ver como a Euterpe está: digna de ser considerada não só uma das mais antigas “e sim uma das melhores Bandas do Brasil.

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