terça-feira, 31 de outubro de 2017

Após greve, abono da Novelis irá injetar R$ 1,2 milhão na economia de Pinda

Crédito da foto: Guilherme Moura
Legenda: Assembleia aprovou por grande maioria proposta de reajuste de 3%, com aumento real, abono de R$ 1.000 e renovação da CCT


Reajuste com aumento real e renovação da Convenção Coletiva estão garantidos

Após 24 horas de greve, os trabalhadores da Novelis aprovaram a proposta da Campanha Salarial.
Além do reajuste salarial de 3% (1,73% do índice da inflação, mais 1,25% de aumento real), o acordo garante um abono de R$ 1.000 e a renovação da CCT - Convenção Coletiva de Trabalho, com direitos específicos da categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Herivelto Vela, o abono será pago a todos os trabalhadores no próximo dia 16, quando será injetado R$ 1,2 milhão na economia da cidade. O dia da greve será abonado.
 “Esse valor de R$ 1000 e com prazo rápido de pagamento será um alívio para o trabalhador e terá uma inserção importante na economia local. Isso é resultado da adesão dos trabalhadores à greve, inclusive dos terceiros. A fábrica inteira parou. A proposta saiu às 23h, depois que a empresa viu que todos os turnos aderiram”, disse.
Ainda segundo Vela, o acordo irá favorecer a negociação em outras empresas. “Já estamos com negociação em andamento com a Gerdau, Elfer, Bundy e muitas outras, e isso contribui inclusive para as negociações com o setor patronal na Fiesp”, disse.
A Novelis é representada na Fiesp pelo Sindicel, sindicato patronal que ainda não aceitou pagar nenhum reajuste salarial nem renovar a CCT, nas negociações com a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT em São Paulo).
A Novelis emprega 1.200 trabalhadores na fabricação de chapas de alumínio.


DENÚNCIA
O Sindicato dos Metalúrgicos acionou o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) na tarde dessa segunda-feira, denunciando que a Novelis estava submetendo um grupo de 200 trabalhadores que entraram na noite de domingo a uma jornada acima do limite legal.
A direção da Novelis insistiu em não liberá-los, coordenadores continuaram ameaçando demitir os funcionários se eles saíssem da empresa e assim muitos chegaram a ficar 24 horas na fábrica.

A direção do sindicato acredita que o MTE ainda tomará providências a respeito.

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