sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Prefeito sai do SAMU e Pinda fica isolada na saúde


Em entrevista coletiva realizada agora pela manhã o prefeito de Pinda anunciou oficialmente a saída do município do consórcio do SAMU, alegando falta de recurso e analisando que a mensalidade de 397 mil é inviável para o município. A Prefeitura a partir de agora sem o SAMU irá perder o sistema RUE que engloba 9 municípios da região de Taubaté.
A Rede de Urgência e Emergência que tem livre acesso ao atendimento no Pronto Socorro, Santa Casa, Hospital Universitário e Regional com a saída Pinda terá dificuldade no atendimento a população.
Ontem 40 funcionários da base do SANU de Pinda foram notificados da demissão e com essa decisão do prefeito o município terá apenas o atendimento da EMERCOR.
O SAMU foi criado através da portaria 2110/2014 pelo Conselho Nacional de Medicina que conta com total apoio do Ministério da Saúde através de repasse de recursos. Pinda foi contemplada por fazer parte do consórcio do SAMU com 2 ambulâncias básicas e uma avançada, que mesmo saindo ficará para o município que com certeza para colocar em funcionamento terá que cumprir com as exigências dessa portaria.
Além do prejuízo imediato de atendimento a população a cidade perderá o credenciamento das três UPAs, e aumento da taxa de internação da Santa Casa que irá totalizar anualmente um prejuízo na casa de 800 mil reais/mês e de aproximadamente 9 mi 600 mil reais/ano.
No período da tarde o prefeito convocou uma reunião com os vereadores para explicar esta decisão e para falar da solução que dará para substituir o serviço do SAMU.
Os funcionários dispensados ontem estão resistindo em trabalhar no Carnaval o que será um novo problema para Secretaria de Saúde resolver esta tarde de sexta-feira.
É bom frisar que a região Metropolitana no Vale do Paraíba possui 4 bases administrativas do sistema SAMU, a região de São José dos Campos, região do Litoral Norte, região de Taubaté a qual inclui Pinda e a maior de Guará que atende 17 municípios. A rumores que Pinda pode tentar ingressar na região de Guará, mas o respaldo hospitalar desta região contem as Santas Casas de Aparecida e Cruzeiro em situação difícil, Guará contaria com a Santa Casa de Pinda e Pronto Socorro com condições financeira e de atendimento em melhor situação.
No entanto a discussão SAMU independente do prejuízo financeiro tem que ser muito bem discutido no que se diz no atendimento da população, onde o assunto é vida e por isso tem que ser pensado, repensado antes de tomar qualquer decisão precipitada.

Pinda ingressou no consórcio do SAMU em novembro e está a pouco mais de três meses e 15 dias de atraso e por isso não seria o momento de parcelar essa dívida e renegociar o valor mensal diante da demanda e, principalmente da situação financeira do país e do município. 

Nota oficial da prefeitura

Pindamonhangaba permanece com atendimento municipalizado de emergência

Pindamonhangaba vai permanecer com os serviços de atendimento de urgência e emergência, por meio do Emercor, que já atende a cidade desde junho de 2012, e a Clínica Médica Vale Guaratinguetá. No total, são três ambulâncias, sendo uma ativa e uma reserva da Emercor e uma UTI da Clínica, prontas a atender as ocorrências dentro do município.
Em média, são 450 atendimentos mensais, com investimento da Prefeitura de R$ 125 mil. O serviço inclui ainda profissionais e médico na central de regulação, enfermeiro e técnico de enfermagem. O atendimento é 24 horas, com telefonistas de emergência além da equipe de atendimento de Pinda.
Como a cidade já conta com este atendimento, e não dispõe de verba no orçamento para manter outro serviço semelhante, Pindamonhangaba está encerrando, até o final de fevereiro, a participação no Cisamu - Consórcio Intermunicipal do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Atualmente, o custo para se manter no Consórcio é de R$ 4,8 milhões por ano e ele atende a uma média de 324 pacientes por mês, no município.
"Nunca tivemos a intenção de sair do Samu. Ocorre que o método utilizado pelo colegiado (Consórcio) encareceu muito os custos. Fizemos um estudo orçamentário para tentativas de remanejamento de verba para suprir os custos do Samu, mas infelizmente o município não conta com esse recurso", explicou a secretária de Saúde, Valéria dos Santos.
A secretária destacou, ainda, que foram feitas propostas em quatro reuniões, dentro da viabilidade econômica do município. "Foi proposto o pagamento aproximado de R$ 215 mil por mês para nos mantermos no Samu. Porém todas as ofertas foram recusadas. Assim, para a redução dos custos, seria necessário novo modelo de gestão. Por exemplo, o modelo fundo a fundo, ou seja, sem a necessidade de consórcio", ressaltou.
O serviço de atendimento de urgência e emergência continua através do telefone 192. 


4 comentários:

  1. Mais um desserviço do nosso prefeito. Parabéns

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  2. Esse prefeito se considera médico? lamentável. Mais uma prova de que a população não tem condições de eleger seus representantes, pois sempre que o fazem, colocam imbecis no governo.

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