quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Paralisação na Gerdau de Pinda protesta contra terceirização e as 4 mortes em Ouro Branco-MG


Crédito da foto: Guilherme Moura
Legenda: Paralisação também cobrou que Gerdau de Pinda incorpore 12 funcionários terceirizados que estão atuando na atividade-fim



Explosão matou 3 operários terceirizados em MG. Em Pinda, Gerdau contratou 12 terceiros para atuar em atividade-fim, o que é proibido

Os trabalhadores da Gerdau de Pindamonhangaba fizeram uma paralisação de 30 minutos nessa quarta-feira, dia 30, em protesto às quatro mortes que ocorreram na unidade de Ouro Branco (MG), três delas em uma explosão.
O protesto segue orientação da Rede Sindical de Trabalhadores da Gerdau, que têm denunciado a falta de segurança nas unidades de todo o país.
A explosão ocorreu no dia 14, durante a manutenção de uma torre de gás, e matou três funcionários da empresa Convaço. Uma das vítimas, José Cezar Miguel, 51 anos, esteve em Pinda anos atrás, fazendo manutenção na aciaria da Gerdau e também na Tecpar. A outra morte ocorreu uma semana antes, quando dois operários sofreram queda na aciaria e um deles faleceu.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Pinda esteve em contato com sindicalistas de Ouro Branco, que assim como em Pinda relataram baixo efetivo e excesso de pressão por produção.
Segundo o presidente Herivelto Moraes – Vela, a paralisação também cobrou que a direção da Gerdau de Pinda incorpore no quadro de funcionários 12 trabalhadores terceirizados que estão atuando na atividade-fim da fábrica (a principal), o que é proibido.
“A empresa tem usado a desculpa de que essas contratações foram feitas em caráter emergencial, mas sabemos que isso é pra forçar a terceirização. 80% dos acidentes registrados são com terceirizados, que ganham menos, trabalham em condições piores e sofrem mais com a rotatividade. Por isso combatemos tanto essa prática”, disse.

Apesar das estatísticas, a Câmara dos Deputados aprovou o PL 4330, que libera a terceirização da atividade-fim. Atualmente, o tema tramita no Senado como PLC 30. A CUT, as centrais sindicais e os movimentos sociais continuam realizando frequentes protestos contra a medida.

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