terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Famílias fazem menos dívidas, mas inadimplência continua alta




Dados do Sincovat revelam que  91,1% das pessoas entrevistados em janeiro não pretendem contrair financiamentos nos próximos meses

De acordo com o Sincovat (Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté e região), a intenção das famílias de contrair dívidas continua baixa. O Índice de Intenção de Financiamento registrou em janeiro alta de apenas 0,5% com relação a dezembro do ano passado. Se comparado ao mesmo mês de 2015, o indicador retraiu 24,4%.

Os dados são da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Segundo o presidente do Sincovat, Dan Guinsburg, o resultado do indicador revela que os consumidores seguem cautelosos na tomada de créditos.

E a proporção de entrevistados que não pretendem se endividar nos próximos meses atingiu 91,1%.

O índice de segurança de crédito avançou em relação a dezembro (0,8%) e passou de 76,2 para 76,7 pontos. Na comparação anual, porém, houve retração de 9,2%. Já a segurança de crédito entre os que não possuem dívidas aumentou 5,7% e atingiu 94,4 pontos em janeiro na comparação com o mês anterior, quando alcançou 89,3 pontos.

Entre o grupo dos endividados, o indicador voltou a cair e passou de 64,3 pontos em dezembro para 59,8 pontos em janeiro. Em igual período de 2015, o indicador havia registrado 69,2 pontos. Com a queda da renda e o aumento de desemprego, além da inflação alta, muitos consumidores passaram pelo chamado "efeito do 13º salário", quando os endividados melhoraram suas condições e preferiram utilizar seus aportes para quitar dívidas. Agora, porém, a segurança de crédito entre os consumidores desse grupo voltou a cair.

Para a FecomercioSP, apesar do conservadorismo dos consumidores, a previsão é de aumento da inadimplência no início de 2016, resultado do aumento do desemprego esperado para o período. A Entidade acredita, porém, que, com a cautela dos consumidores (que estão utilizando suas economias para quitar dívidas) e dos bancos (bastante seletivos na concessão de empréstimos desde 2014), o aumento da inadimplência será gradual.


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