terça-feira, 14 de julho de 2015

População se revolta com evento da Prefeitura









No dia 10 de julho, aniversário de Pindamonhangaba – 310 anos -, um grande evento ocorreu no bairro Araretama, o lançamento das obras do futuro loteamento “Bem Viver”, com a promessa de construção de 1536 apartamentos populares no local. A obra faz parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e tem parceria com o Programa Minha Casa Minha Vida (cerca de 80% do investimento) do Governo Federal e o Programa Casa Paulista (cerca de 20% do investimento) do Governo Estadual. O evento contou com a presença de diversas autoridades, tais como o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Vito Ardito, alguns vereadores, o ministro das Cidades Gilberto Kassab,  entre tantos outros convidados.
Inúmeras promessas foram feitas para os futuros moradores do local: construção de creche, escola municipal, escola estadual, geração de empregos etc. No entanto, a grande quantidade de pessoas que compareceu, não apenas para prestigiar o evento, mas principalmente para realizar o cadastramento e recadastramento do programa habitacional, com o intuito de conseguir a tão sonhada casa própria, sentiu-se frustrada e arrasada.
Para participar do lançamento, os moradores receberam uma carta com os seguintes dizeres: “Sua presença é fundamental para confirmar sua inscrição no Programa Habitacional e para que a Secretaria da Habitação possa dar continuidade em seu trabalho”.
Segundo relatos, diversas pessoas passaram a noite no local e outras chegaram extremamente cedo a fim de garantir sua inscrição e receosas de serem excluídas do programa, já que sua presença seria indispensável, devido ao comunicado enviado pela Prefeitura. Havia muitas mães com crianças de colo e idosos. Sem pavimentação e muito estreita, a estrada Municipal Carlos Lopes Guedes Filho, o único acesso ao local tornou-se inviável, por conta da grande quantidade de pedestres e automóveis, sendo que, até mesmo os carros oficiais, o policiamento e a ambulância tiveram dificuldade de deslocamento.
Além disso, embora estejamos no inverno, por ironia do destino, fez muito calor, o que ajudou a levantar uma enorme poeira por onde se passava.
Marcado para as 10 horas, o evento começou com poucos minutos de atraso. As autoridades se pronunciaram e quando se iniciaria o tão esperado “cadastramento”, o problema se agravou. A população foi orientada a se dirigir ao espaço do cadastramento, mas não havia nenhuma organização, nem filas ou atendimento preferencial, mas sim um grande tumulto e “empurra-empurra”. Os que conseguiram chegar ao espaço indicado onde seriam finalmente atendidos e suas inscrições realizadas se decepcionaram ainda mais, pois o máximo que conseguiram foi um informativo em que constam os documentos necessários, dia e horário para comparecerem diretamente à Secretaria da Habitação. Ou seja, não havia necessidade de passar por tamanho transtorno, o cadastramento e recadastramento não seriam feitos no local, e sim na Secretaria da Habitação, local de costume.
Muitos se revoltaram, passaram mal, sentiram-se ludibriados, mas com motivos e razões de sobra. Acaso essas pessoas não teriam outros compromissos? Tenho certeza que sim. Muitos faltaram nos seus serviços, outros se deslocaram de diversos pontos da cidade para “nada”. Sentiram-se usados. Sentiram-se “massa de manobra” para fazer volume. Faltou até água para beber e os banheiros químicos não foram suficientes.
Dentre os participantes do evento, encontravam-se alguns cidadãos que usaram nariz de palhaço e levantaram cartazes com mensagens direcionadas ao governador, prefeito e vereadores. As mensagens estavam voltadas à valorização dos professores, ao respeito aos negros, à insatisfação quanto à terceirização aprovada pela Câmara dos Vereadores, entre outras mensagens de cunho político-social. Ainda que em número pequeno, muito fizeram, pois representaram as minorias, que somadas são maioria. Foram pessoas conscientes que não se contentam em serem “focas adestradas” que batem palmas para tudo, pelo contrário, lutaram verdadeiramente pelos diretos da população.
O maior pecado de um político é usar de má fé para com seu povo e enganar pessoas humildes para mérito próprio! Com sonhos não se deve brincar! Havia necessidade de “convocar” a população para comer poeira e escutar palavras vazias? Não seria muito mais útil preparar uma grande festa somente para o dia da entrega das chaves dos apartamentos ao invés de enganar a população para comparecer a um local vazio e sem nenhuma obra iniciada? Não havia obras e não houve inscrições! Por um instante a população ficou feliz, mas saiu revoltada e com sentimento de desgosto. Mas vejo que o número de políticos que lá estavam é muito inferior ao número de pessoas da população. O povo precisa entender que dentro da Democracia “o poder emana do povo”, como nos garante a Constituição Federal de 1988, e está em nossas mãos o poder de mudança. Não devemos esquecer isso nas próximas eleições!
Professor Welton Augusto


2 comentários:

  1. Isto que é,verdadeiro desrespeito as pessoas simples e humildes de nossa cidade, uma vergonha a manobra politica dessa administração, meu povo a resposta está em suas mãos na próxima eleição

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  2. POVO SÁBIO,PENSE BEM,VOTE CERTO. Não deixe que POLÍTICOS VOS USEM PARA PROPAGANDAS, até porque Eles não dão NADA, a GENTE compra por isso, PAGA por isso, Lembrem-se NÓS SOMOS OS PATRÕES, devemos dispensar todos Funcionários oportunistas. Abs

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